O carnaval 2024 está chegando, e não vai faltar trabalho e animação para o servidor Edilson da Silva Nascimento. O administrador do Pavilhão João Lyra Filho, pela Divisão de Serviços Auxiliares (Disau), da Prefeitura do Campus Maracanã, nutre a paixão pelo grande evento desde a infância, quando acompanhava seu pai nos encontros da Império Serrano, em Madureira. De lá para cá, são mais de 30 anos frequentando as quadras e se dedicando em diversas frentes dentro das escolas.

Atualmente, Edilson atua na Velha Guarda da Império Serrano, sua escola do coração. Também é um dos diretores da Ala das Baianas da Estácio de Sá e integrante da Harmonia da Imperatriz Leopoldinense.

São experiências diferentes para lidar com cada grupo envolvido. “Com a Ala das Baianas, que conta com pessoas bem idosas, tenho que ter um cuidado ao orientar sobre como vou posicioná-las. É necessário falar com clareza e olhando para cada uma para que elas me entendam. Já a Velha Guarda não dá problema nenhum para coordenar. São pessoas que já desfilam há muitos anos e sabem como tudo funciona”, explica o servidor. Na Harmonia, os gestos são essenciais. “Além de prestar atenção no alinhamento e botar a galera para cantar, temos que conhecer os gestos. Cada movimento com as mãos significa algo, e a equipe tem que estar sempre atenta”, destaca.

O trabalho bem feito, com frequência, acaba levando a novos convites. “Hoje em dia estou em três escolas, mas sempre tem alguém me pedindo uma força em outras agremiações. É difícil dizer ‘não’ a um amigo, e assim eu acabo participando de vários outros grupos”, conta Edilson.

Entre os desafios a serem superados, o servidor destaca o deslocamento durante a noite, o cumprimento de todas as etapas dentro do cronograma e a organização dos componentes. “Para ir ao Centro da cidade não é possível usar carro, temos que contar com o trem e o metrô, que estão sempre cheios. Tomar conta dos integrantes é outra questão, como controlar as faltas e verificar se todos estão com a fantasia completa”.

Mas o folião garante: o esforço vale a pena! “As dificuldades existem, mas, para quem gosta do carnaval, isso não é problema. São meses em que eu me divirto e esqueço um pouco do estresse do dia a dia. Gosto de encontrar meus amigos, participar das feijoadas e frequentar as quadras e os barracões. Sempre gostei muito de samba e vou levar essa paixão para o resto da vida”, celebra Edilson.