Valorizar a presença ativa do homem e garantir seu direito de acompanhar a gravidez da companheira e o crescimento e desenvolvimento dos filhos. Esses são os objetivos do projeto Prodocência “Paternidade em formação: acolhimento, cuidado e acesso à saúde”, coordenado por Simoni Furtado, professora do Departamento Materno-Infantil (Demi), da Faculdade de Enfermagem.

A iniciativa é desenvolvida na própria unidade e no Centro Municipal de Saúde Milton Fontes Magarão, em parceria com o projeto de extensão “Pai Presente”, também organizado por Simoni. A programação engloba oficinas e debates sobre paternidade e cuidado, grupos de acolhimento às famílias, divulgação de informações sobre saúde e direitos do pai, além da produção de materiais didáticos.

Na campanha “Pré-natal do Parceiro”, por exemplo, os participantes recebem um folheto explicativo onde é possível encontrar informações sobre cuidados oferecidos por profissionais de saúde da rede pública, exames disponíveis e recomendados e a legislação que resguarda direitos como a presença ativa na primeira infância, planejamento familiar e o acompanhamento na Atenção Básica.

Processo formativo

Quem já faz parte da equipe, como os residentes de Saúde da Família da unidade de atenção à saúde, se envolve mais nas tarefas, mas quem está chegando também contribui. Os estudantes Daniel Santiago, Giovana Lucena, Giulie Namink, Melissa Bezerra e Victoria de Sales, bolsistas dos cursos de Enfermagem e Psicologia, estão presentes em todas as etapas do projeto, seguindo um cronograma que inclui ações diretas nos encontros, como a apresentação de seminários sobre os temas vivenciados. A intenção é reforçar o foco multidisciplinar, trabalhando diversas perspectivas para a paternidade.

“A experiência tem sido importante para impulsionar esse debate, algo que começamos a fazer em 2017 pelo projeto de extensão”, conta a coordenadora. “Também abordamos o tema na formação acadêmica, em diálogo transversal, o que torna o nosso trabalho ainda mais interessante, pois esses futuros profissionais, muito provavelmente, vão trabalhar atendendo a pais e parceiros”, conclui.